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O resultado não foi o esperado devido ao empate no último segundo de jogo em um dos poucos momentos que o time baixou a concentração. Segundo o próprio Ricardo Gomes na coletiva pós-jogo, “a defesa demorou a se organizar no último lance em um escanteio batido rápido”. Apesar dos dois pontos perdidos no clássico, o Botafogo tem o que comemorar na forma de jogar. E isso será explicado nas próximas linhas.
Na saída do tiro de meta, um dos zagueiros se aproximava na lateral da área. Com o recuo de um dos volantes, a posse de bola é mantida de forma limpa na saída e o Botafogo poderia iniciar o seu ataque de forma qualificada.
Na imagem abaixo, apenas uma observação a ser feita sobre um outro padrão:
Triangulações para gerar passes curtos foram observadas em muitos instantes, desde o terço central…
…até próximo do último terço ofensivo.
Com isso, o Botafogo conseguia ser eficiente nos momentos de propor o jogo. Facilitava a manutenção da posse da bola e desestruturava a marcação adversária com trocas de passes rápidos e verticais.
Contudo, o Botafogo não propôs o jogo o tempo todo. Quando o adversário tinha a bola e ela era recuperada, o contra-ataque está cada vez mais organizado e executado com intensidade: velocidade, coordenação dos movimentos e ocupação dos espaços gerados de forma eficiente. Desse modo nasceu o gol alvinegro.
Sem a bola, a ordem era avançar as linhas e ocupar os espaços para dificultar a saída de bola do adversário.
E quando perdia a posse em campo ofensivo, a pressão foi mantida no portador da bola e, se possível, gerando superioridade numérica nessa fase, também.
Nesse clássico contra o Flu, uma novidade na postura da última linha defensiva. Posicionado nas mesmas duas linhas de quatro mais dois jogadores mais avançados, a linha dos zagueiros posicionou-se mais adiantada – atuando em bloco alto, distante do gol do Jefferson – e se manteve desse modo mesmo com a vantagem no placar.
Esse posicionamento dificultou bastante a vida do Fluminense. Os atacantes do Flu – Scarpa e Osvaldo, principalmente – não conseguiam ficar em posição legal e eram pegos em impedimento constantemente (foram oito, no total – dados: Footstats). Sendo assim, o Flu não conseguia quebrar essa linha de marcação do Botafogo e abusou das jogadas aéreas (17, sendo 16 errados). Como ser eficiente com a ausência de uma referência como o Fred em seu comando?
Desse modo, o Botafogo manteve o controle da partida em boa parte dela e nosso capitão pouco foi incomodado de forma perigosa. Se o coletivo falhou no último lance, faltou o ataque definir a partida com o segundo gol, que esteve mais próximo de acontecer em uma falta do Emerson explodindo no travessão do Cavalieri.
Falando no zagueiro, mais uma grande atuação dele e do Carli. Bem posicionados, quando se desgarravam da linha defensiva, eram para deixar pouco espaço e tempo para o atacante que fosse receber a bola decidir o que fazer e voltavam rápido na hora de recuperar e voltar ao seu posicionamento original.
Terminando a publicação falando do sistema ofensivo, sua dinâmica melhorou e começa a aparecer alguns padrões de movimentação, com um Ribamar muito móvel e um Salgueiro recuando para procurar armar o time atrás do camisa 9. O time tende a ganhar qualidade quando houver um maior entrosamento do uruguaio com o restante dos companheiros.
Entretanto, com a movimentação do Gegê, saindo da esquerda e procurar o centro do campo, os dois ainda encontram certa dificuldade na hora da melhor ocupação do espaço no campo ofensivo, principalmente pelo setor central e próximo do último terço.
Nada como as semanas de treinos e os jogos para corrigir e aperfeiçoar esse detalhe.
Por: Fogo Tático.
Fala Thiago, gosto muito dos seus textos.
Você pode listar alguns bons livros e videos que falam sobre essa parte tática? Gostaria de estudar o tema.
Qual sua expectativa para o time no BR?
SAN!
Abraço!
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Fala, Rodrigo. Muito obrigado por gostar dos meus textos e espero que continue acompanhando o blog e apreciando as próximas publicações.
Agora, sobre as indicações. Sobre livros, se você for fã do Guardiola, comece com o “Guardiola Confidencial”. Lá, poderá começar a entender o modelo de jogo do Pep com termos atuais, bem contemporâneos e de fácil compreensão. Ótima leitura para começar.
Vídeos, há canais novos como o Painel Tático e o Futebologia, idealizados por pessoas que entendem muito sobre o assunto, como o Leonardo Miranda e a Jessica Cescon, respectivamente. Vale a pena acompanhar esse início de trabalho. E procure conhecer mais o Data ESPN, idealizado pelo Renato Rodrigues (saiba mais sobre o DataESPN nessa entrevista clicando aqui).
Além dos citados, agora falando sobre blogs, comece a acompanhar o trabalho do Leo no Painel Tático já citado, o André Rocha atualmente no UOL e no Esporte Interativo, o Raí Monteiro no Taticamente Falando e, principalmente, o Caio Gondo. Procure conhecer o Traduzindo O Tatiquês. Nele, há vários textos que introduzem nos conceitos utilizados atualmente com uma linguagem simples e de fácil compreensão. Me ajudou muito. Disse esses nomes entre tantos outros muito bons.
Da minha parte, estou à disposição para qualquer dúvida ou trocar qualquer ideia.
Minha expectativa para o Brasileiro? Não faço a mínima ideia. rs! Elenco limitado tecnicamente, vem ganhando pontos positivos no aspecto coletivo e, com a continuação do belo trabalho feito pelo Ricardo Gomes até agora, por que não surpreender?
Confesso que já imaginei esse time em brigar para não cair antes do início da temporada e em alguns dos primeiros jogos. Todavia, com algumas semanas e vendo o time evoluir a cada partida, o Botafogo tem condições de fazer um campeonato tranquilo, aonde não terá uma casa para chamar de sua e que poderá atrapalhar na campanha.
Mas é muito cedo para qualquer previsão.
Saudações alvinegras!
Um abraço.
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Obrigado pela resposta Thiago!
Ganhou um leitor recorrente.
Abraço.
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Eu que agradeço pela confiança, Rodrigo.
E não perca amanhã a publicação do clássico de ontem, em fase final de elaboração.
Abraço.
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